José Huberto Tavares de Oliveira
Presidente do Instituto Cultural do Cariri
Presidente do Instituto Cultural do Cariri
Durante
as comemorações do centenário de emancipação política do Crato, surgiu a ideia
de criação do Instituto Cultural do Cariri (ICC), sendo fundado este sodalício em
quatro de outubro de 1953. Sua finalidade é reunir apologistas da arte, cultura
e ciência de abrangência regional, além de promotores do desenvolvimento social
ambientalmente sustentável. Atualmente, o ICC conta com dezenas de associados fundadores,
efetivos, efetivos acadêmicos, correspondestes, honorários e beneméritos nas secções
de letras, ciências, folclore, artes e ofícios. Entre as ações realizadas pelo
ICC, destacam-se: O abrigo de rico acervo documental com a finalidade de
conservação e pesquisa; A publicação de seu periódico desde 1955, a revista
Itaytera; Apresentações públicas de estudos, inclusive sobre patronos de cadeiras
ou de seus ocupantes anteriores durante a posse de novos sócios; Campanhas fortuitas
de defesa dos interesses regionais; Conservação ambiental, norteada
pelo Projeto Soldadinho-do-araripe, incluindo um centro de visitantes e viveiro
de mudas para restauração florestal; e um memorial sobre o cangaço. O ICC conta
com uma sede inaugurada em setembro de 2006, na gestão de Manoel Patrício de
Aquino, estando situado na Av. Maria Maildes de Siqueira
(antiga Rua Rui Barbosa), Praça Coronel Filemon Teles, n. 1, Centro, Crato/CE, CEP
63.100-482 e telefone (88) 3523-3873. O auditório do ICC (Salão de Atos Nílton
Melo Almeida) é disponibilizado para a execução de atividades culturais
previamente agendadas, como peças teatrais, reuniões, palestras e lançamentos
de livros. Através deste diário eletrônico virtual (blog), abrimos mais um
canal de comunicação com a sociedade, dando continuidade a um novo ciclo de
renovação do ICC, que no ano que vem completará 60 anos.
Caro amigo Wilton, muito me alegra a nova face focada por você, abrir janela para o futuro. Afinal, tornou-se lugar comum em publicação, seja em papel ou meio eletrônico, que se lê sobre a nossa querida terra a ênfase enfadonha que se dar ao passado. Não quero desrespeitar a âncora histórica que nos lembra da origem, mas acautelar aqueles para utilização exagerada do retrovisor. Há na verdade uma assimetria patética entre passado e futuro. Não temos futuro ou quedamos omisso em quaisquer comentários sobre este.
ResponderExcluirHá de se perguntar cadê a estrela? Que estrela?
-“...Que há cem anos norteia o teu porvir”
Obs. Porvir é uma palavra antiga...Mas na falta de futuro.
Amarilio
A imprensa cratense comemora nesse dia 07 de Julho 157 anos de existência
ResponderExcluirMarilyn Machado
Sara Moreira
Trazemos a luz da memória o aniversário de 157 anos do nascimento do jornalismo cratense por meio do semanário O Araripe que inaugurou no dia 07 de julho de 1855 a imprensa da cidade do Crato. Gerado e concebido pelo célebre e imortal João Brígido dos Santos que dirigiu com inteligência e criticidade fazendo dele um marco promissor para o alvorecer de expressões literárias e liberais e “destinado a sustentar as idéias livres, proteger a causa da justiça e propugnar pela fiel observância da lei e interesses locais.”
Vale ainda registrar, que João Brígido não apenas inaugurou a imprensa em Crato como também marcou a sua estréia na literatura, escrevendo poesia, apreciações literárias e história regional, sem contar com sua projeção no campo jornalístico (NASCIMENTO, 1998, p. 121).
As representações no campo político, religioso, econômico e social do jornal O Araripe é fonte inspiradora para muitos pesquisadores atuais que usam seus relatos e abordagens críticas para conhecer e contextualizar temas diversos do período em que ele circulou (1855 a 1865).
Um legado imensurável foi deixado para a posteridade por esse pioneiro do jornalismo cratense. De caráter político liberal O Araripe foi além do marco inicial do jornalismo, foi o mais duradouro entre os que sucederam. O jornal circulava, geralmente aos sábados e sua impressão era feita na Typografia de Monte e Comp., localizada na Rua da Matriz e de propriedade de José do Monte Furtado, dono de engenho ligado ao Partido Liberal e tinha com interessados um grupo de comerciantes e profissionais liberais.
Não por acaso, o jornal O Araripe, do Partido Liberal, publicou, em 1859, uma série de textos intitulada Apontamentos para a história do Cariri, escrita pelo redator do semanário, João Brígido dos Santos. Posteriormente, tais artigos foram reproduzidos em periódicos de Fortaleza e Recife e, por fim, na forma de livro, no ano 1888. (...) O Araripe se representava como órgão progressista e de ideias sãs. No fundo, usava dos mesmos recursos que criticava no rival, por meio da publicação de infindáveis acusações às autoridades do Cariri, na maioria do Partido Conservador. Tais impressos eram, portanto, antes de tudo, espaços para contrapor-se aos inimigos e de disputa pelo poder local (ALEXANDRE, 2010, p.86 e 107).
Entre os muitos bons frutos desse semanário está o valor histórico desta publicação que muito contribui para o conhecimento social, cultural e político do Crato, tornando-se uma fonte preciosa para o estudo da escravidão, do cólera morbo que assolou a região no período de sua circulação dentre outros fatos ocorridos no contexto da política, religião, educação, economia, cultura e sociedade. Assim, O Araripe além de divulgar as notícias para o Cariri, atuou também como um instrumento de apoio ao fim da escravidão no Ceará. Lembrando que o seu diretor era membro do Partido Liberal neste estado, o que significava um posicionamento oposto às ideias do Partido Conservador. Além, de dar a luz à imprensa cratense, esse jornal deixou sinais na sociedade que se perpetuaram nas gerações contemporâneas.
Referências
ALEXANDRE, J. F. Quando o “anjo do extermínio” se aproxima de nós: representações sobre o cólera no semanário cratense O Araripe (1855-1864). Dissertação de mestrado, UFPB, João Pessoa, 2010. p.86 e 107
ALVES, M. D. Desejos de civilização: representações liberais no jornal O Araripe. 1855-1864. Dissertação de mestrado, UECE, Fortaleza, 2010.
NASCIMENTO, F. S. Crato: Lampejos políticos e culturais. UFC. 1998. p. 121.
1 Graduada em História pela Universidade Regional do Cariri- URCA e aluna do curso de Pós-Graduação em História Contemporânea da Faculdade de Juazeiro do Norte- FJN.
2 Graduada em História pela Universidade Regional do Cariri- URCA e aluna do curso de Pós-Graduação em Geopolítica e História da Faculdade Integrada de Patos- FIP.
Caros Amigos,
ResponderExcluirEstarei na cidade do Crato dia 18.10.2014, e antes ou depois desta data gostaria de participar de reunião do ICC ou uma reunião informal, ocasião que desejo passar para o acervo:
- Gramática dos Kariris.
- Informações sobre as famílias Furtado Leite, Leite de Oliveira, Pereira da Cunha e outras obtidas em Portugal.
- Santo Ofício no Cariri cearense.
Cordialmente, um cratenses ausente mas sempre voltado para para os assuntos da sua cidade natal.
Fco. Augusto de Araújo Lima, Fortaleza, 16.09.2014.
genealogia@familiascearenses.com.br - 85 - 9990-2456
Relembro o Cariri um dos 12 beato do padre Cícero. www.roquebeatodopadrecicero.blogspot.com
ResponderExcluirRelembro o Cariri um dos 12 beato do padre Cícero. www.roquebeatodopadrecicero.blogspot.com
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